O que deveria ser uma praxe nos órgãos públicos, passou longe de ser uma realidade no Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA). A gestão do atual diretor-presidente do órgão, Gustavo Lopes, tem omitido informações que deveriam ser públicas, como licitações, receitas e despesas. O site da autarquia sequer possui uma aba específica para assuntos financeiros.
Através de consulta realizada pelo AL102 no Portal da Transparência do Governo de Alagoas, nesta segunda-feira (04), ficou constatado que não existe transparência das transações financeiras do IMA. As abas de licitações públicas, contratações diretas e despesas por órgão estão vazias, ou seja, sem nenhuma informação.
A falta de acesso às informações financeiras do IMA sugere a interferência imediata de agentes fiscalizadores, como o Ministério Público Estadual (MPE), pelo fato de o presidente da instituição, Gustavo Lopes, ter sido acusado pelo empresário Robson Bernardo Calixto de “cobrar propina” para fornecer licenças ambientais.
Em setembro deste ano, após ser acusado de ter cometido uma série de supostos atos de corrupção desde que assumiu o cargo em 2015, Gustavo Lopes teve teve seu poder limitado para evitar desgastes para a gestão do governador, Paulo Dantas (MDB). Para isso, um Conselho Administrativo foi criado para fiscalizar e julgar as ações do presidente da autarquia.
O advogado Flávio José Barbosa da Silva Júnior foi nomeado pelo governador para presidir o Conselho Administrativo e frear as decisões de Gustavo Lopes, que antes eram tomadas de forma isolada. No entanto, mesmo após a criação do Conselho Administrativo, o IMA ainda não disponibiliza informações sobre suas movimentações financeiras.
A reportagem do Portal AL102 tentou contato com a assessoria do IMA para saber onde são disponibilizadas as informações financeiras do órgão, mas até o fechamento da matéria não obteve respostas.