Populares realizam um grande protesto, na manhã desta quarta-feira (6),
para cobrar providências da empresa Braskem, que provocou o afundamento
do solo nos bairros do Pinheiro, Bebedouro, Bom Parto, Farol e Mutange,
tendo sido agravado pelo risco de colapso da mina 18.
O ato fechou a Avenida Fernandes Lima, em frente ao Centro Educacional
de Pesquisa Aplicada (CEPA). O trânsito está travado na região, sentido
Centro.
"O protesto é dos afetados pela empresa Braskem. A gente quer que as
autoridades se manifestem acerca dos problemas que estamos vivendo.
Também vamos ao Palácio da República, solicitar apoio ao governo de
Alagoas, para saber o que está acontecendo, e, também, exigir uma CPI
[Comissão Parlamentar de Inquérito]. Nossa intenção é fazer uma
passeata. Aqui não há vândalos", disse um dos organizadores da
manifestação, Thiago Thomaz.
A mobilização, impulsionada pelo Movimento Unificado das Vítimas da
Braskem (MUVB) e pela Associação de Empreendedores Vítimas da Mineração
em Maceió, recebe o apoio de várias organizações e movimentos populares
do campo e da cidade, além da participação de moradores dos bairros
atingidos que foram desapropriados e os remanescentes, como os moradores
dos Flexais e Bebedouro, atingidos diretamente pelo descaso diante do
agravamento da situação com risco iminente de colapso de uma nova mina
na capital alagoana.
Ely
Daniel era morador do Mutange. Ele saiu do bairro em 2020. "Foi uma dor
enorme. Sem falar que nos colocaram em outros lugares, com
custo-benefício alto. Meu avô, inclusive, desenvolveu depressão e chegou
a falecer por ter deixado o bairro onde morava", disse.