“Enquanto as investigações não terminarem, seja no âmbito administrativo como policial, não podemos afirmar que houve conivência. Mas todas as hipóteses estão sendo investigadas.”, destacou o ministro.
Mais cedo, neste domingo (18/2), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou à imprensa em Addis Ababa, capital da Etiópia, sobre a possível conivência de pessoas de dentro da Penitenciária Federal de Mossoró na fuga dos dois detentos.
“Teoricamente parece que teve a conivência com alguém do sistema lá dentro”, declarou o petista. “Como não posso acusar ninguém, eu sou obrigado a acreditar que uma investigação que está sendo feita pela polícia local, pela Polícia Federal [PF] nos indica amanhã ou depois de amanhã o que aconteceu no presídio de Mossoró”, completou.
Fuga em Mossoró
Os presos Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 33 anos, conseguiram fugir da Penitenciária Federal de Mossoró na madrugada da última quarta-feira (14/2). De acordo com o Ministério da Justiça, eles teriam utilizado ferramentas das obras da unidade prisional para escapar do local.
O ministro da Justiça desembarcou na cidade potiguar no início da manhã deste domingo (18/2) para acompanhar as investigações do caso. Foi a primeira vez que um presídio federal registra fuga de detentos.
“O episódio ocorreu a partir de uma conjunção de fatores. É um episódio menor dentro da história das unidades prisionais federais, mas garantimos que o Estado brasileiro está presente neste momento e em busca de solucionar essa questão o mais breve possível”, frisou o titular do Ministério da Justiça.
A caçada pelos fugitivos conta com agentes da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e das forças de segurança do estado. Ainda foram empregados três helicópteros e drones na recaptura dos detentos.
“Nossa prioridade é encontrar o mais rapidamente possível esses bandidos e devolvê-los aos presídios. Desde o início, a Polícia Federal está empenhada nessa ação. Nós estamos empregando todos os meios materiais e investigativos, que estão à disposição do Ministério da Justiça e Segurança Pública”, ressaltou o diretor-geral em exercício da PF, Gustavo Souza.