Relator da CPI da Braskem, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) garantiu, na entrevista que concedeu à Rádio MIX 98,3 FM Maceió, na manhã desta terça-feira (5), que a pressão e ameaças que poderão surgir contra os integrantes não vão impedir os trabalhos da comissão.

Ele reforçou que, apesar da possibilidade de percalços pelo caminho, vai lutar pelo cumprimento dos objetivos da investigação: apontar as responsabilidades do desastre ambiental na capital, tentar mitigar o sofrimento das famílias afetadas e apontar soluções preventivas para evitar novos episódios.

“Ainda não sofremos pressão alguma, até porque estamos bem no início das atividades. Talvez isso ocorra daqui a 30 dias, mas, não quero acreditar nesta hipótese de que sejam capazes de ameaçar ou pressionar senadores que estão irmanados no propósito de esclarecer as circunstâncias desse desastre”, destacou.

Carvalho admitiu que o colegiado vem a Maceió após a primeira fase da apuração (oitivas de testemunhas) para ter contato com o problema e ouvir a população, provavelmente em uma audiência pública.

“Nas outras semanas, vamos ouvir todos os que tiveram envolvimento com exploração, com os acordos e a própria Braskem, para que possamos, ao final, ter uma resposta e ter a esperança que aponte caminho que diminua um pouco o sofrimento da população e crie uma estrutura de prevenção para que este tipo de situação não se repita”, frisou o senador..

As primeiras oitivas vão acontecer nesta semana. Nesta terça-feira (5), estão previstos três interrogatórios: da professora-doutora da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) Natallya de Almeida Levino; do ex-presidente do Instituto do Meio Ambiente (IMA) e pós-doutor em meio ambiente, José Geraldo Marques, e do professor aposentado da Ufal Abel Galindo Marques.

Para esta quarta-feira (6), também às 9h, foi marcado o depoimento do servidor aposentado da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), Thales Sampaio.