Suspeitos de mandar matar Marielle desembarcam em Brasília e vão para presídio federal
Publicada em 24/03/24 às 21:14h - 9 visualizações
por Rádio Lobo Web com Estadão Conteúdo
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(Foto: Rádio Lobo Web com Wilton Junior/Estadão)
O deputado federal Chiquinho Brazão, o conselheiro Domingos Brazão, do
Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), e o delegado Rivaldo
Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio, chegaram a Brasília na tarde
deste domingo, 24. Presos com "autores intelectuais" do assassinato da
vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, os três vão ser
encaminhados para o presídio federal da capital.
Os irmãos
Brazão e o delegado ficarão celas individuais. Eles passaram por
audiência de custódia na Superintendência da Polícia Federal (PF) no Rio
de Janeiro e deixaram a capital fluminense por volta das 14h30. A
chegada a Brasília ocorreu às 15h50.
O advogado Ubiratan Guedes,
que representa Domingos, e o advogado Alexandre Dumans, que representa
Barbosa, negam a participação deles no assassinato da vereadora. A
defesa de Chiquinho Brazão foi procurada neste domingo, mas não se
manifestou. No último dia 20, em nota, ele se disse "surpreendido por
especulações que buscam lhe envolver no crime"
As prisões
integram a Operação Murder Inc, que também vasculhou 12 endereços do Rio
de Janeiro, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo
Tribunal Federal (STF).
A decisão dele passará por votação da
Primeira Turma da Corte em sessão virtual que será realizada entre a 0h e
23h59m de segunda-feira, 25. Moraes também retirou o sigilo da decisão,
do parecer da PGR e do relatório final da PF. Os documentos foram
disponibilizados pela PF.
Segundo o ex-policial militar Ronnie
Lessa, autor das mortes e delator, Marielle estava "atrapalhando os
interesses dos irmãos, em especial, sua atuação junto a comunidades em
Jacarepaguá, em sua maioria dominadas por milícias, onde se concentra
relevante parcela da base eleitoral" da família Brazão. A vereadora
teria pedido para a população não aderir a novos loteamentos situados em
áreas de milícia.
"Os elementos apresentados pelo discurso do
colaborador podem ser sintetizados em duas questões primordiais: a
suposta animosidade dos Brazão com integrantes do PSOL, apontada por
conta de levantamentos de políticos da legenda que teriam sido
solicitados no interesse dos Irmãos, e a atuação de Marielle Franco
junto a moradores de comunidades dominadas por milícias, notadamente no
tocante à exploração da terra e aos loteamentos ilegais", diz a Polícia
Federal.
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