Uma estudante de 15 anos foi espancada e deixada seminua por colegas dentro de uma escola estadual de Glicério, cidade com pouco mais de 4 mil habitantes no interior de São Paulo, nessa terca-feira (26/3). A família da adolescente alega que ela tem problemas neurológicos e recebeu o diagnóstico de autismo.
Imagens exibidas pela TV Tem mostram a aluna conversando com uma colega dentro da Escola Estadual Maria Mathilde Castein Castilho. Subitamente, essa colega a arrasta pelos cabelos por um corredor. Ela é agredida com socos nas costas.
De acordo com as imagens, uma terceira estudante surge e participa das agressões. A blusa da adolescente de 15 anos é arrancada e ela fica seminua, já dentro da quadra da escola — a esta altura, dezenas de alunos assistem à sessão de espancamento.
A violência durou quase dois minutos, até que funcionários da escola conseguiram pôr fim às agressões.
Marcia Rocha, mãe da adolescente agredida, disse à TV Tem que foi buscar a adolescente e viu parte da violência sofrida. “Eu vi tudo e não consegui salvar minha filha. Dói”, afirmou. A mãe disse, ainda, que a jovem passa por tratamento neurológico por causa do autismo e é vítima constante de bullying na escola.
Após o episódio, os pais foram buscar os alunos mais cedo na escola, a única unidade de ensino estadual de Glicério. Uma equipe da Polícia Militar foi deslocada para a unidade de ensino.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), a adolescente agredida foi atendida no Pronto Socorro de Glicério com escoriações pelo corpo.
A ocorrência foi apresentada na Delegacia de Glicério pelo pai da estudante, um homem de 37 anos. Ele manifestou o desejo de representar contra as adolescentes infratoras.
O caso foi registrado como ato infracional de lesão corporal. “As investigações prosseguem pela unidade policial para esclarecer o caso”, informou a SSP.
A Secretaria de Estado da Educação foi procurada pelo Metrópoles, mas ainda não se manifestou. O espaço está aberto para o posicionamento.