“O TCU acatou nossa representação e vai investigar o crime ambiental da Braskem em área federal em AL. A unidade do TCU especializada em meio ambiente vai apurar o crime, identificar responsáveis e calcular o valor do prejuízo. Essa é uma das nossas ações que não se limitaram à CPI”, destaca o senador Renan Calheiros, em postagem nas redes sociais.
O relator do caso, ministro Aroldo Cedraz, destaca em seu parecer que determinou a realização de oitivas prévias à decisão quanto à adoção de medida cautelar sobre o caso de crime ambiental.
“Ademais, encaminhei os autos à Segecex (Secretaria Geral de Controle Externo do TCU) para que aferisse a unidade técnica competente para examinar a matéria, por envolver questões eminentemente ambientais. O caso será examinado pela a AudPetróleo (unidade de auditoria especializada em petróleo, gás natural e mineração) , que tem por competência a fiscalização dos empreendimentos de infraestrutura no setor de mineração”, informa trecho do documento apresentado ao TCU.
INDENIZAÇÕES
Segundo o relator, a matéria tratada nos autos é eminentemente à área ambiental e não ao setor de mineração.
“Veja-se que fundamentei o conhecimento desta representação na existência de dano ambiental em área federal, e não em atos de gestão ou qualquer outra ação ou política pública do setor de mineração”, cita Cedraz
A CPI DO SENADO
Integrantes da Comissão Parlamentar de
Inquérito (CPI) da Braskem anunciaram que estarão em Maceió,
possivelmente este mês, para fazer uma análise mais detalhada do
afundamento no solo provocado pela extração de sal-gema.
A agenda foi sugerida pelo relator do
colegiado, senador Rogério Carvalho (PT-SE), mas só será definida na
semana que vem, pelo senador Omar Aziz (PSD-AM), que preside os
trabalhos.
A intenção dos membros da CPI é verificar a tragédia in loco, dialogando com moradores e comerciantes da região afetada pela mineração. Também serão marcados encontros com gestores públicos da capital, representantes de órgãos de controle e da direção da petroquímica.