Um homem de 46 anos que residia no bairro do Benedito Bentes, em Maceió, teve os dois rins doados pela família após ele ter a morte encefálica constatada pelos médicos do Hospital Geral do Estado (HGE) em Maceió. Os órgão foram enviados para São Paulo por não ter receptor compatível em Alagoas.
A
enfermeira da Organização de Procura de Órgãos, Ane Karine, reforça que o
doador foi submetido ao protocolo que identifica a morte encefálica.
Com o diagnóstico, a família foi acolhida e sensibilizada para a
liberação dos procedimentos que visam a retirada, o armazenamento e o
transporte até o requerente compatível com o doador.
"Reforçamos que a decisão pela
doação de órgão respeita a lista de espera do Sistema Nacional de
Transplantes, conforme critérios técnicos, em que a tipagem sanguínea,
compatibilidade de peso e altura, compatibilidade genética e critérios
de gravidade distintos para cada órgão determinam a ordem de pacientes a
serem transplantados”, explicou a coordenadora da Central de
Transplantes de Alagoas, Daniela Ramos.
A lista para transplantes é única e vale tanto para os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto para os da rede privada, respeitando a ordem cronológica de cadastro, embora pacientes em estado crítico sejam atendidos com prioridade em detrimento a sua condição clínica.
“São eventos
determinantes na fila de doação: a impossibilidade total de acesso para
diálise, no caso de doentes renais; a insuficiência hepática aguda
grave, para doentes do fígado; necessidade de assistência circulatória,
para pacientes cardiopatas; e rejeição de órgãos recentes
transplantados”, explicou a coordenadora.
Atualmente, há 538 pessoas aguardando por transplante em Alagoas: 500 por córneas, 33 por um rim e cinco por um fígado. Este ano, o Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), lançou o “Programa Alagoas Transplanta: Uma Nova Chance de Viver”, que visa realizar transplantes cardíacos e renais no Hospital do Coração Alagoano.