A oposição protocolou, na manhã desta quinta-feira (13), um pedido na Justiça Federal do Rio Grande do Sul para barrar o já anunciado novo leilão de arroz importado por parte do governo federal.
A petição é assinada pelos deputados federais Marcel Vam Hatten (Novo), Lucas Redecker (PSDB) e pelo deputado estadual Felipe Camozzato (Novo), todos gaúchos.
Eles pedem que seja impedida “a edição de qualquer outro aviso de leilão editado pela CONAB até que ocorra a alteração no estado de coisas (falta de risco de desabastecimento de arroz para o consumo nacional), cuja demonstração deva ser feita mediante estudos técnicos com a participação de entidades privadas e públicas representativas do setor agrícola do Estado do Rio Grande do Sul”.
Além disso, que seja estabelecido “que, até o trânsito em julgado, a UNIÃO FEDERAL e a CONAB somente possam realizar leilão público de aquisição de arroz beneficiado importado (…) caso demonstrado, em estudos técnicos produzidos em diálogo com entidades públicas e privadas representativas dos setores produtivos de agricultura do Rio Grande do Sul, o risco de desabastecimento de arroz para consumo no mercado nacional em razão da catástrofe ocorrida no Estado do Rio Grande do Sul em 2024.”
O leilão foi cancelado semana pelo governo após denúncias de irregularidades envolvendo as empresas que venceram o leilão.
A CNN mostrou, por exemplo, que os empresários ligados a Wisley A. de Souza, maior arrematante individual no agora cancelado leilão, davam informações contraditórias sobre a constituição societária da empresa.
O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, caiu após o anúncio do cancelamento.
Um dos seus ex-assessores atuou na corretagem de uma das empresas vitoriosas.
A CNN procurou o presidente da Conab, Edegar Prietto, mas ele não se manifestou.