A Polícia Civil divulgou um fluxograma que explica como funcionava o
esquema do "jogo do Tigrinho". Em Alagoas, 12 influenciadores foram
alvos da Operação Game Over. Outros 40 estão sendo investigados pelo
crime de estelionato.
De acordo com fluxograma, os influenciadores incentivavam os seguidores a realizarem apostas, por meio de divulgações em contas demonstrativas, que simulavam ganhos.
Confira o esquema abaixo:
COMO FUNCIONAVA O ESQUEMA?
Primeiro, a plataforma apresentava as informações e formas de contratação para os influenciadores, que ficavam responsáveis pela publicidade e divulgação. A contratação do influencer poderia ocorrer por dias determinados e valor fixo, ou através da opção com ganhos de comissão por cada cadastro concluído.
Na segunda etapa, assessores e influenciadores faziam um repasse das formas de publicidade e a decisão contratual. Depois era feita a contratação e o repasse de uma conta demonstrativa, que simulava rodadas de aposta e já estava com saldo. Esse valor não podia ser sacado.
A próxima fase é a divulgação da plataforma e a captação de vítimas por meio de ganhos nessa conta demonstrativa. Vídeos com supostas perdas em apostas eram divulgados para dar credibilidade ao esquema. Também eram expostos super ganhos, com o objetivo de persuadir novas vítimas.
As próximas etapas são
focadas em convencer as vítimas sobre o suposto sucesso proveniente das
apostas, através de comprovantes fraudulentos, que, na realidade, são
valores referentes aos contratos de publicidade. Além da constante
exposição de uma vida luxuosa, repleta de festas e bens de alto valor.
OPERAÇÃO GAME OVER
A Operação Game Over foi deflagrada na segunda-feira (17), em bairros de Maceió e, também, na cidade de Marechal Deodoro. A soma dos bens apreendidos nos imóveis de influenciadores alagoanos, durante a ação, se aproxima de R$ 31 milhões.
Foram apreendidos carros de luxo, uma lancha, aparelhos celulares, dinheiro e passaporte.