O
influenciador e comediante Dilson Alves da Silva Neto, o Nego Di, foi
transferido para a Penitenciária Estadual de Canoas, na região
metropolitana de Porto Alegre, na noite desse domingo (14).
Ele foi preso preventivamente nesta manhã, em Santa Catarina, e foi levado sob custódia para o Rio Grande do Sul, onde corre o processo em que é acusado de estelionato.
No início da noite, ele estava no Palácio da Polícia, na capital gaúcha, segundo disse seu advogado à CNN.
O trajeto entre a sede da Polícia Civil gaúcha até a Penitenciária tem cerca de 26 quilômetros e dura 30 minutos.
Anderson Boneti, que também é suspeito de estelionato e é acusado de ser sócio do humorista no esquema, está foragido.
Segundo a polícia, o prejuízo das 370 vítimas no esquema passa de R$ 5 milhões de reais.
O esquema
Segundo as investigações, Nego Di vendia produtos incluindo TVs, ar-condicionado e aparelhos celulares por um preço abaixo do mercado e não os entregava.
Nas
redes, ele dizia ter sido contratado por Boneti para apenas divulgar os
produtos, mas em um outro vídeo dizia ser o dono e garantia a entrega do
produto aos clientes.
Uma
das vítimas do golpe, que teve um prejuízo de R$ 30 mil, ao comprar
dois celulares e alguns ar-condicionado, contou à CNN sobre o modus
operandi de Nego Di.
Segundo
ela, o suspeito vendeu, em 2022, aparelhos celulares com valores bem
abaixo do mercado e fez a entrega, para dar veracidade ao golpe.
Logo após, ele anunciou que criaria uma loja virtual, vendendo produtos em preço baixo para todos pudessem ter acesso.
O
prazo de entrega dos produtos eram de 50 dias, o que para a polícia foi
um plano idealizado por Nego Di, para poder ludibriar outras pessoas,
fazendo mais promoções para atrair outros clientes nesse tempo.
A
partir da procura das vítimas à polícia, houve quebra de sigilo
bancário, demonstrando que, em um curto período de tempo Nego Di recebeu
mais de R$ 300 mil reais, confirmando o dolo de estelionato.
O que dizem as defesas
A CNN procurou a defesa do humorista que disse que irá entrar com Habeas Corpus, pedindo com que o suspeito responda o processo em liberdade, pois tem endereço fixo, por ser réu primário e por estar colaborando com as investigações.
Ainda
segundo o advogado que representa Nego Di, o MPRS ofereceu a denúncia,
porém seu cliente ainda não foi citado, ou seja, ainda não é réu pelo
crime em questão.
A defesa de Anderson Boneti não foi localizada até a publicação desta reportagem.