A Polícia Federal em Alagoas (PF/AL) deflagrou a Operação Ponto a Ponto 5, nesta sexta-feira (19), em Maceió. O suspeito preso em flagrante foi identificado após monitoramento do tráfego de redes de aplicativos e programas de transferência de arquivos.
As investigações começaram no início do mês de março deste ano, quando policiais da equipe da Delegacia de Combate aos Crimes Cibernéticos (Deleciber), da Superintendência Regional da PF/AL, observaram que arquivos de vídeos contendo cenas de abuso e exploração sexual infantojuvenil estavam sendo adquiridos e disponibilizados pela internet.
Em entrevista à TV Gazeta, o delegado Rodrigo Bittencourt explicou que, durante as investigações, as equipes constataram, em redes de aplicativos e programas de transferência, um fluxo de arquivos com imagens e vídeos de pornografia infantil.
Assim, a análise dos dados associados à conta utilizada pelo usuário foi realizada, sendo possível a identificação do local onde os arquivos estariam sendo armazenados e carregados na internet.
Ainda
de acordo com o delgado, o suspeito em questão estava baixando e
disponibilizando arquivos de imagens sexuais envolvendo crianças e
adolescentes para diversos usuários da rede, incluindo pessoas
residentes em outros países.
"Você tem um programa que é instalado no computador e, a partir daí, você pode disponibilizar diversos tipos de arquivos, não necessariamente pornografia infantil. Às vezes, música ou vídeo. Então, o que você tem ali é disponibilizado para outras pessoas que também fazem parte daquela rede, assim como essas pessoas também disponibilizam, caso você tenha interesse em baixar", explicou ele.
Durante o cumprimento do mandado, a Polícia Federal encontrou, no computador do suspeito, arquivos com imagens contendo cena de sexo explícito e/ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente. O material foi apreendido e passará por análise.
"A
partir de agora, a gente vai fazer uma análise pericial desses
equipamentos que foram apreendidos, para constatar e poder comprovar que
realmente ele fez a disponibilização ou download de arquivos dentro
desses programas. Juntando os dois crimes que ele vai responder, a pena
pode chegar até 10 anos de reclusão", finalizou Rodrigo Bittencourt.
Após a prisão, o suspeito foi conduzido à sede da Polícia Federal, para os procedimentos cabíveis.