Maceió
registrou, até 3 de julho deste ano, 226 casos de HIV, um número maior
do que o registrado durante todo o ano passado, quando foram detectados
182 casos. Os dados são da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
Em 2022, foram 192 casos. Com o passar dos anos, o número vem aumentando, e as autoridades de saúde alertam para a testagem e o tratamento assim que o vírus for detectado no organismo.
Fábio Mota, coordenador
do Bloco I do PAM Salgadinho, fala sobre a importância da testagem e
destaca os tratamentos disponíveis. “É importante realizar testes
regularmente. Esta é a primeira providência a ser tomada. A segunda é,
após o teste rápido, se o resultado for não reagente para o HIV, iniciar
a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP). A PrEP está disponível no SUS, em
Maceió, em todo o Brasil, e na capital temos o serviço disponível no PAM
Salgadinho”, explica.
“Para
o tratamento, é necessário apenas fazer um cadastro simples após a
realização do teste rápido. Em pouco tempo, a pessoa faz a consulta
médica, recebe o medicamento e continua a retirá-lo regularmente. A
vantagem da PrEP, indicada para pessoas em alto risco de contrair o HIV,
é que a pessoa realiza o teste rápido a cada 4 meses, o que também é
muito importante. Além disso, testamos para outras ISTs (Infecções
Sexualmente Transmissíveis), e isso é fundamental: testar e tratar
ISTs”, acrescenta.
Ele também fala sobre a prevenção do HIV. “Além da PrEP, contamos hoje com a Profilaxia Pós-Exposição (PEP). Ou seja, quando a pessoa já teve contato íntimo ou se expôs a uma relação sexual desprotegida, ela pode acessar a profilaxia nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) do Trapiche, Benedito Bentes e também no pronto atendimento do Hospital Hélvio Auto. Atualmente, estamos treinando a equipe da nova UPA Santa Lúcia para também oferecer a PrEP em situações de emergência. Assim, dentro de 72 horas após a exposição ao risco, a pessoa pode se proteger”, conclui.