Após denúncia do Ministério Público de Alagoas (MPAL), Givaldo Vieira de Santana e Wendell Santos Santana foram condenados por desvio de recursos públicos do Município de Pão de Açúcar. Eles integram uma organização criminosa que fraudava diversas prefeituras de Alagoas, por meio de uma empresa de fachada.
Uma empresa de fachada
emitia notas fiscais fraudulentas e as prefeituras efetuavam o pagamento
dos valores contidos nas notas. Em seguida, o proprietário da empresa
sacava a quantia e repassava 90% do valor aos demais integrantes da
organização criminosa.
“As
três notas fiscais contêm equipamentos hospitalares na descrição das
mercadorias que deveriam ter sido fornecidas. Os pagamentos à empresa de
fachada pelo Município de Pão de Açúcar ocorreram em 17 de junho de
2015”, relata o promotor de Justiça Ramon Carvalho.
Os réus foram condenados em 1º grau por peculato a 2 anos e 10 dias de reclusão, penas que foram substituídas por prestação de serviços à comunidade e multa de cinco salários mínimos (R$ 7.060,00).
Recurso
O
MPAL entrou com recurso para que Klevison Santos Silva também seja
condenado. Ele atuava como servidor no almoxarifado da Prefeitura de Pão
de Açúcar e atestou o falso recebimento das mercadorias hospitalares.
O
promotor de Justiça Ramon Carvalho destaca que o servidor teve um papel
essencial no esquema ao possibilitar que os coautores recebessem o
dinheiro público e, assim, efetuasse o desvio de recursos.
Dessa forma, o MPAL pede que a sentença seja reformada e Klevison também seja condenado por peculato, com base no artigo 312, do Código Penal.