A mulher prestou depoimento acompanhada de seu representante legal. Segundo o inquérito, ela apresentou falas desordenadas e, às vezes, fora do contexto, mas confirmou que conheceu os autores na praça e, antes de convidá-los para irem para sua casa, tentou entrar na pousada com um deles. Na ocasião, todos foram impedidos pelo proprietário.

Ela narrou que manteve relações sexuais com um dos presos e fez sexo oral nos outros dois. Quando a polícia chegou em sua casa, o grupo estava no quarto, enquanto os outros dois estavam na cozinha.

À época do crime, o juiz Emanuel de Andrade Barbosa converteu para preventiva a prisão em flagrante dos três homens por estupro coletivo. Os suspeitos têm 21, 24 e 25 anos, são de Pernambuco e disseram que a relação foi consensual.

O magistrado, no entanto, afirmou, na decisão, que a prisão é “necessária ao restabelecimento da ordem pública, em razão da gravidade concreta do caso, vez que os autuados supostamente praticaram o crime de estupro de vulnerável em concurso de pessoas contra a vítima, que possui transtornos mentais, o que demonstra a insuficiência e a inadequação das medidas cautelares".

Os presos contaram à polícia que estavam na cidade a serviço de uma empresa exportadora de couro de boi e que bebiam em uma praça, quando a mulher os chamou para a casa dela, com o objetivo de ingerirem bebidas alcoólicas. Chegando lá, os homens disseram que ela também os chamou para manter relações sexuais, o que foi consumado por três deles.

O CASO

Policiais militares contaram que passavam pela rua onde aconteceu o crime, quando ouviram gritos e, ao olharem pela fresta da janela de uma residência, avistaram três homens mantendo relações sexuais com a vítima. Segundo a polícia, havia cinco homens na casa, mas os outros dois foram levados apenas como testemunhas. O caso ocorreu por volta de 23h15min.

Após flagrarem o crime, os militares deram voz de prisão para os três homens que foram vistos mantendo relações sexuais com a mulher.

Todos os envolvidos foram levados para o Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp) para serem ouvidos pela Polícia Civil, que vai investigar o caso.

A vítima foi encaminhada para o Hospital Municipal de Matriz de Camaragibe e, em seguida, transferida para uma unidade hospitalar em Maceió para realizar os exames necessários.