A “chuva
preta” ou “chuva escura”, surpreendeu moradores do Rio Grande do Sul na
última terça-feira (10/9). O fenômeno, marcado pela coloração escura das
gotas, tem despertado curiosidade e também preocupação.
O fenômeno, incomum e assustador, também pode ocorrer em São Paulo nos próximos dias, especialmente com a previsão de queda nas temperaturas no fim de semana.
Como a chuva preta se forma
A chuva preta acontece quando partículas de fumaça das queimadas se misturam com a umidade do ar, formando nuvens carregadas de poluentes.
Essa fumaça é proveniente de incêndios em áreas florestais no Brasil e em países vizinhos, como Argentina, Bolívia e Paraguai.
Segundo
a meteorologista Andrea Ramos, da Climatempo, com o transporte de
fumaça pelos ventos, a concentração de partículas no ar aumenta, gerando
as condições ideais para a formação desse tipo de precipitação.
“A chuva preta, quando ocorre, proporciona uma ‘limpeza’, aliviando os efeitos da fumaça das queimadas”, explica a meteorologista ao Metrópoles.
O fenômeno é mais comum durante períodos de queimadas intensas, especialmente em dias secos e com alta concentração de poluentes na atmosfera.
Quando
a chuva cai, ela carrega partículas de fuligem, poeira e outras
substâncias tóxicas, tingindo as gotas de um tom escuro, por vezes quase
preto.
Cuidados essenciais
A chuva preta não é apenas um fenômeno visualmente estranho, ela pode trazer sérios riscos à saúde.
As
gotas carregam partículas finas e substâncias contaminantes, como
carbono e metais pesados, que podem agravar problemas respiratórios,
irritações oculares e cutâneas, além de afetar pessoas com doenças
crônicas, como asma e bronquite.
Crianças, idosos, gestantes e indivíduos com condições imunológicas debilitadas são os mais vulneráveis aos impactos dessa precipitação contaminada.
Diante
do risco, o governo do estado do Rio Grande do Sul emitiu um comunicado
com medidas preventivas para minimizar os impactos da chuva preta e da
poluição do ar.
Veja: