Teoria de Resposta ao Item – A TRI é um conjunto de modelos matemáticos que busca representar a relação entre a probabilidade de o participante responder corretamente a uma questão, o seu conhecimento na área em que está sendo avaliado e as características das questões.    

O modelo de TRI utilizado no Enem leva em conta três parâmetros considerados essenciais para medir o conhecimento:   

a)Discriminação: diferencia os participantes que dominamo que é avaliado pela questão dos que não dominam.

b)Dificuldade: avalia a complexidade da questão;quanto maior seu valor, mais difícil é o item. 

c)Acerto casual: considera a probabilidade de um participante acertar a questão sem dominar a habilidade exigida (ofamoso “chute”).   

Para determinar os valores dos parâmetros “a”, “b” e “c” de milhares de itens e possibilitar a montagem das provas, de modo a garantir a comparabilidade entre as edições do Enem, o Inep realizou vários pré-testes a nível nacional. Esse processo permitiu estabelecer uma conexão entre as diversas edições do Enem, incluindo a de 2024. Com isso, a autarquia montou um banco de itens específico para cada uma das quatro áreas do conhecimento avaliadas no exame. 

Cálculo das notas e proficiência – A TRI não leva em conta apenas o número de acertos, mas também a coerência das respostas ao conjunto de questões. Na prática, espera-se que os participantes que acertaram as questões difíceis também acertem as questões fáceis. Isso porque, teoricamente, habilidades mais complexas requerem o domínio de habilidades mais simples. 

Em contrapartida, a TRI também aponta que um inscrito com um número de acertos elevado terá pontuação alta, enquanto um participante com poucos acertos terá nota baixa.