As recentes eleições em Alagoas destacaram duas grandes lideranças regionais: JHC, em Maceió, e Luciano Barbosa, em Arapiraca. Com vitórias expressivas, ambos obtiveram mais de 80% dos votos nos maiores colégios eleitorais do estado, consolidando-se como figuras centrais na política alagoana. 

Em um cenário de transformações, os dois emergem como protagonistas, enquanto políticos tradicionais como Renan Calheiros  ficam marginalizados das campanhas na capital, agora enfrentando o desafio de manter sua relevância política com vistas às eleições de 2026.

Dependendo cada vez mais da estrutura política e econômica do interior do estado, tos Calheiros encaram obstáculos consideráveis para suprimir adversários e preservar seu domínio. O governador Paulo Dantas, por sua vez, sofreu derrotas significativas: falhou em eleger vereadores em Maceió, perdeu a reeleição de Joãozinho e viu Gustavo Pessoa ser derrotado, apesar do forte apoio financeiro e institucional do governo estadual.

O grupo político de Renan Filho parece desgastado, apoiando-se em partidos com líderes sem autonomia, refletindo um cenário de estagnação.

Essa fragilidade também é evidente no Partido dos Trabalhadores (PT), que foi impedido de lançar uma candidatura própria por decisão dos Calheiros, evidenciando a subordinação dos aliados ao grupo tradicional. Com a aproximação de 2026, JHC se consolida como uma ameaça real à hegemonia dos Calheiros, capaz de alterar o cenário político estadual e potencialmente forçar uma derrota histórica de Renan Calheiros na disputa pelo Senado.