O empresário Fábio Mocci Rodrigues Jardim, de 42 anos, morreu durante um exame de ressonância magnética na cabeça em uma clínica. A esposa, Sabrina Altenburg Penna, compartilhou sua tristeza e desconfiança, aguardando o resultado da necropsia do Instituto Médico Legal (IML) para entender a causa da morte, considerada “suspeita” pelo Serviço de Verificação de Óbito (SVO). O caso ocorreu nesta semana, em Santos, em São Paulo.

Fábio, que havia sido encaminhado para o exame por conta de sonolência frequente, estava tranquilo, apesar de ser a primeira vez que realizava uma ressonância magnética. O exame, agendado para o meio-dia, só ocorreu às 14h, e ele já havia passado oito horas em jejum. Sabrina relatou que, após o início do exame, deixou a clínica para almoçar, retornando cerca de 30 minutos depois. Ao perguntar sobre o estado do marido, foi informada de que ele “estava bem, mas agitado”.

Conforme o exame se prolongava, Sabrina percebeu uma movimentação anormal e questionou as atendentes. “Ele passou mal, mas estamos resolvendo”, foi a resposta inicial. Cerca de 40 minutos depois, a equipe do Samu chegou e iniciou manobras de ressuscitação, que, infelizmente, não evitaram o desfecho trágico.

Sabrina, que foi levada à delegacia para registrar o caso, revelou que o SVO emitiu um laudo de “morte suspeita” e encaminhou o corpo para o IML, para exames necroscópicos e toxicológicos. A Prefeitura de Santos afirmou que o Samu foi acionado às 15h e encontrou Fábio já recebendo atendimento médico na clínica.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que a investigação está sob responsabilidade do 2° Distrito Policial de Santos e que o laudo do IML está em andamento.

Dúvidas

Sabrina, agora responsável pelas duas filhas que Fábio deixou, enfrenta a angústia da espera e a busca por respostas sobre os procedimentos adotados na clínica. Em nota final, ela lamentou: “Entrei com meu marido, saí com um papel na mão. Só quero entender o que realmente aconteceu".