“Eles podem procurar outro
‘otário’. Não há nenhuma chance dos Brics substituírem o dólar americano
no comércio internacional, e qualquer país que tentar deve dizer adeus
aos Estados Unidos”, acrescentou Trump.
Desde janeiro deste ano, o
grupo Brics tem dez membros plenos. Além de Brasil, Rússia, Índia,
China e África do Sul, se uniram ao bloco como membros permanentes Irã,
Arábia Saudita, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos.
Em
outubro, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, em
reunião de cúpula dos países do Brics em Kazan, na Rússia, que o bloco
de países emergentes avance na criação de meios de pagamento
alternativos entre si, fugindo da necessidade de uso do dólar.
Mercado piora expectativas para 2025
O
mercado voltou a subir as expectativas para juros, inflação e dólar no
próximo ano, conforme boletim Focus publicado pelo Banco Central (BC)
nesta manhã.
Foi a primeira publicação das previsões dos
analistas após a apresentação e detalhamento do pacote fiscal e reforma
do Imposto de Renda, pelo governo federal, na semana passada.
As
estimativas para a taxa básica de juros em 2025 foram a 12,63%, ante
12,25% na semana passada. Foi a terceira edição seguida de alta da Selic
para o próximo ano. Para 2024, as estimativas subiram a 4,71%, ante
4,63% na edição anterior.
As análises mostram o IPCA se
aproximando do teto da meta em 2025, e confirmam as previsões do mercado
de estouro do limite máximo neste ano.
Pacote fiscal e isenção do IR
O
ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou na quarta-feira (27) um
pacote de contenção de fiscal cuja expectativa do governo é gerar uma
economia de mais de R$ 70 bilhões ao longo dos próximos dois anos.
Além
das medidas de corte de gastos, Haddad enviou ao Congresso uma das
principais promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva
(PT): o projeto de isenção do Imposto de Renda (IR) aos contribuintes
que ganhem até R$ 5 mil.Já para 2024, a previsão se manteve em 11,75%.
Os juros estão atualmente em 11,25% ao ano.
O Comitê de Política
Monetária (Copom) do BC se reúne pela últimas vez neste ano entre os
dias 10 e 11 de dezembro. A expectativa do mercado é que o encontro
encerre com nova alta de 0,5 ponto.
As previsões para o Índice
de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – indicador oficial da inflação
brasileira – também foram revistas. Agora, o mercado prevê alta de 4,4%
nos preços de 2025, contra 4,34% na edição da semana passada.
Foi a sétima edição seguida do Focus com alta do IPCA para o próximo ano.
O anúncio como um todo, porém, gerou um mal-estar generalizado no mercado, de modo que o dólar fechou um pregão pela primeira vez na história acima do patamar de R$ 6.