O Ministério Público de Alagoas (MP/AL) requisitou a instauração de um inquérito policial para a apurar a responsabilidade dos profissionais de saúde e as circunstâncias da troca de bebês ocorrido no Hospital Regional de Arapiraca. A situação envolve duas famílias das cidades de Craíbas e São Sebastião.
A promotora de Justiça Viviane Farias, responsável pela 6ª Promotoria de Justiça de Arapiraca, vai liderar as ações do Ministério Público no caso. O processo judicial em andamento tramita em segredo de Justiça.
O órgão ministerial informou que tomou conhecimento sobre a situação há alguns meses e tomou as medidas cabíveis para garantir a proteção das crianças, além de apurar a responsabilidade dos envolvidos.
"O episódio teve início em fevereiro de 2022, quando uma das famílias deu à luz gêmeos e a outra teve a um filho único. Durante o período na maternidade, um dos gêmeos foi entregue erroneamente à família de Craíbas, enquanto o filho único foi entregue à família de São Sebastião. Por quase 3 anos, ambas as famílias criaram as crianças sem suspeitas", explicou o MP.
Ainda de acordo com o MP, a troca só foi descoberta após uma das famílias identificar, por meio das redes sociais, uma foto de uma criança que apresentava forte semelhança com um dos gêmeos. A desconfiança levou a realizçaão de um exame de DNA, que confirmou o erro hospitalar.
"As famílias têm buscado construir uma convivência saudável entre os filhos biológicos, reconhecendo a importância de manter vínculos afetivos criados ao longo dos últimos anos. Ainda assim, o caso representa um enorme desafio emocional para todos os envolvidos, exigindo cuidado e sensibilidade nas deliberações judiciais", disse o MP, que também reforçou a necessidade de revisão e reforço nos protocolos de segurança em maternidades.