Fluminense é goleado pelo Manchester City por 4 a 0 e amplia jejum brasileiro no Mundial
Publicada em 23/12/23 às 13:44h - 10 visualizações
por Rádio Lobo Web com Estadão Conteúdo
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(Foto: Rádio Lobo Web com Reprodução)
O Brasil continua em jejum nos Mundiais de Clubes. O Fluminense, com um
modelo de jogo ímpar, deixou um fio de esperança, mas esbarrou nos
melhores time e técnico da atualidade. Na final do torneio, na Arábia
Saudita, nesta sexta-feira, a dura realidade do futebol não deixou
margens para dúvidas. O Manchester City se impôs do primeiro ao último
minuto, física e tecnicamente, e ergueu seu primeiro troféu mundial com
uma goleada por 4 a 0, comandadas por Julián Álvarez e Phil Foden.
Esse é o quinto título mundial conquistado por uma equipe da
Inglaterra. Manchester United (1999 e 2008), Liverpool (2019) e Chelsea
(2021) já contavam com o troféu em sua galeria. O técnico Pep Guardiola
faturou seu quarto Mundial de Clubes. O catalão já havia sido campeão
duas vezes com o Barcelona (2009 e 2011) e uma com o alemão Bayern de
Munique (2013).
Em campo, o City não sentiu falta dos desfalques
de Erling Haaland e Kevin de Bruyne. Já o Fluminense não conseguiu
sustentar a expectativa criada sobre seu futebol. A distância entre os
clubes inglês e o brasileiro se refletiu no placar.
O último
time do País a ser campeão mundial foi o Corinthians, em 2012. Desde
então, Atlético-MG, Palmeiras e Flamengo falharam em chegar à decisão.
Grêmio e novamente os conjuntos alviverde e rubro-negro conseguiram
disputar com os europeus o título na final, mas apenas os palmeirenses
marcaram um gol. Na era dos Mundiais da Fifa, apenas Santos e
Fluminense, entre os brasileiros, foram goleados na decisão.
Quando o apito inicial soou, não houve muito tempo para o sonho tricolor
continuar vivo. Marcelo errou na saída de bola, Aké acertou um belo
chute, Fábio desviou, a bola bateu na trave e sobrou para Julián
Álvarez, que escorou para o gol aos 40 segundos de jogo. Foi o gol mais
rápido da história das finais dos Mundiais de Clubes da Fifa.
O
Manchester City usou como protocolo a pressão na saída de bola tricolor
para forçar erros. Essa atitude dos ingleses contra o time de Diniz
lembrou a forma como clubes grandes paulistas se articulavam para se
aproveitar dessa saída de bola arriscada do Audax, equipe em que o
treinador brasileiro despontou para o futebol.
O Fluminense
também tentava recuperar a bola no seu campo de ataque. Em um erro de
Ederson, foi cometido pênalti sobre Cano, mas a tecnologia flagrou
impedimento. Aos poucos, o time das Laranjeiras ficou mais com a bola no
pé e se encontrou na partida.
O City buscou cadenciar o jogo
com toques lentos na intermediária ofensiva. Com paciência, encontrou
espaço na lateral esquerda da grande área. Aos 27, Rodri tocou para
Foden, que finalizou rasteiro, o zagueiro Nino tentou cortar, mas acabou
direcionando a bola à sua própria meta.
O placar adverso tirou o
ânimo do Fluminense. As chances, que eram escassas, cessaram por
completo. Em contrapartida, o City manteve sua pressão e quando ficava
com a bola em seus pés fazia seus típicos toques laterais, nada
arriscados, à espreita de alguma falha na marcação tricolor.
Na
volta do intervalo, o City continuou como dono do jogo e criando muitos
problemas para o Fluminense. Diniz não encontrou soluções para levar
perigo. O time tricolor ficou entregue em campo. A superioridade técnica
fez muita diferença, mas animicamente a equipe das Laranjeiras ficou
devendo.
Aos 27 do segundo tempo, a zaga do Fluminense cochilou,
Álvarez foi veloz para chegar à linha de fundo e cruzar na medida para
Foden marcar o terceiro. Apesar da falta de ímpeto do City, havia clara
sensação de que a qualquer momento poderia ampliar o marcador. A entrada
de John Kennedy deixou a defesa do time inglês atordoada, mas foi
incapaz de vazá-la. Ainda deu tempo de Álvarez fazer mais um, aos 43.
Matheus Nunes deixou o argentino em ótima situação na área e ele não
perdoou.
FICHA TÉCNICA
MANCHESTER CITY x FLUMINENSE
MANCHESTER CITY - Ederson; Walker, Stones (Gvardiol), Rúben Dias e Aké
(Oscar Bobb); Rico Lewis (Kovacic), Rodri (Akanji) e Bernardo Silva;
Phil Foden (Matheus Nunes), Grealish e Julián Álvarez. Técnico: Pep
Guardiola.
FLUMINENSE - Fábio; Samuel Xavier, Nino (Marlon),
Felipe Melo (Alexsander) e Marcelo (Diogo Barbosa); André, Martinelli e
Ganso (Lima); Arias, Keno (John Kennedy) e Cano. Técnico: Fernando
Diniz.
GOLS - Julián Álvarez, aos 49 segundos, e Nino (contra)
aos 27 minutos do 1º tempo; Foden, aos 27, e Julián Álarez, aos 43 do
segundo.
ÁRBITRO - Szymon Marciniak (POL).
CARTÕES AMARELOS - Marcelo, John Kennedy e Alexsander (Fluminense).
PÚBLICO - 52.601 torcedores.
RENDA - Não divulgada.
LOCAL - Estádio King Abdullah, em Jeddah, na Arábia Saudita.
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