"Anselmo Ramon tá dando aí um bocado de dor de cabeça, trazendo insônia para um bocado de azulinos aí. Ele tá deixando muita gente igual a tu, meio triste e tal... tá igual a mim, aos azulinos", disse, em meio a sorrisos.
Ele brincou, ainda, dizendo que queria que o CRB tivesse pego o Iguatu (no sorteio da Copa do Brasil), para vingar a derrota que o time cearense aplicou no Azulão. "Eu queria pegar o Iguatu para poder vingar. Olhe, eu disse: papai (CRB) vai vingar o filhinho. Mas não deu certo, tudo bem", acrescentou, ainda sorridente.
Marroquim, falando desta vez sério, sobre o clube, comentou os desafios que pegou ao chegar ao CRB, sobretudo com as cobranças da torcida, que quer a todo o custo ver o clube na Série A do Brasileiro. Participaram do programa o jornalista Wyderlan Araújo (âncora) e os radialistas Orlando Batista e Guilherme Nobre, integrantes do Timaço da Gazeta 94 FM.
"Quanto mais a gente prepara o time e mais estrutura o clube, mais expectativas gera no nosso torcedor. Então, de fato, o torcedor está cada dia mais cobrando e essa cobrança vem também com ele entendendo que o clube pode chegar mais. E o clube chegar mais é justamente pelo trabalho que é realizado. E quanto maior exigência, maior é a expectativa. E também quando não se consegue os objetivos, porque a gente não está falando de uma matéria exata, como a matemática, na hora que não acontece o resultado esperado, há uma decepção, uma cobrança", disse o dirigente.
Mas ele falou que até entende o torcedor regatiano, a ansiedade dele para o CRB chegar à Série A. Porém, afirmou que o clube está a passos largos para chegar à divisão principal do Brasileiro. "A gente vai chegar, mas com de uma forma muito mais estruturada. O clube está muito mais preparado, mais estruturado, mais maduro em todos os aspectos: parte técnica, parte profissional, de equipamentos. então, tenho certeza que chegará a nossa hora da Série A. Batemos na trave várias vezes, mas hoje a gente bate de uma forma muito mais consolidada. É o grande desafio para este ano", afirmou.
Sobre as receitas do clube, hoje bem consolidadas, ao ser questionado por Orlando Batista, sobre como fazer para 'botar o pé no freio' para não querer fazer investimentos que possam comprometer a vida financeira do clube, Marroquim disse que há uma sequência no futebol que precisa ser dada, é uma sequência de perpetuação.
"O mercado está extremamente inflacionado, em relação a jogadores, no Brasil inteiro. O comentário em geral é de que inflacionou. Os jogadores estão com salários exorbitantes. quem paga essa conta? Essa conta advém da expectativa do dinheiro da Liga (de futebol)", observou.
De acordo com o mandatário do Galo, vai se dar bem quem produziu sua própria matéria-prima, ou seja, uma base no clube. "Quem tiver uma base consolidada, jogadores da base subindo, quem criar sua matéria-prima, vai se dar bem no mercado, no futebol brasileiro. Então, eu entendo que a a gente tem que trabalhar. E continuo dizendo: a menina dos olhos do clube é a sua base", afirmou Mário Marroquim.