O tão sonhado tricampeonato do Alagoano chegou para o torcedor regatiano. E era algo que não acontecia para o CRB desde 2017. Por isso, há um carinho especial pela conquista, especialmente por abrir margem para mais taças em um futuro próximo.
A campanha desta temporada foi a primeira sob o comando do técnico Daniel Paulista, que cada vez mais cai no gosto da torcida. Além disso, personagens como Anselmo Ramon, Fábio Alemão, Hereda e Léo Pereira também mostraram-se fundamentais durante a caminhada histórica.
Mesclado com caras novas e velhos conhecidos, o CRB foi favorito no campeonato de ponta a ponta. Fazendo jus ao status, liderou a competição da mesma forma.
Foram três vitórias consecutivas nas três primeiras rodadas, contra Penedense, Murici e, a mais emblemática delas, contra o CSA, com mando azulino. Em pleno Rei Pelé, o Galo atropelou o maior rival, com uma vitória por 3x1 e margem para uma goleada.
Seu primeiro tropeço foi na 4ª rodada, em casa, contra o CSE: empate por 1x1, usando um time alternativo. Mas nada que abalou. O domínio foi tão grande que mesmo utilizando um time alternativo contra Cruzeiro e Coruripe, conseguiu duas vitórias por 1x0, classificando-se de maneira antecipada.
Com
a vaga na semi assegurada, o CRB sofreu sua primeira e única derrota no
Estadual, justamente na rodada final, contra o ASA, dentro do Rei Pelé:
2x0. Porém, os dois clubes voltariam a se cruzar mais à frente.
Apesar da característica decisiva, o Galo foi soberano nas semifinais. Atropelou o Murici com duas vitórias: 2x1, fora de casa, e 3x0, no Trapichão. Mais aí veio a decisão, justamente contra sua pedra no sapato da primeira fase: o ASA. O time regatiano passou por alguns sustos em Arapiraca, mas conseguiu vencer, por 1x0.
Já na derradeira decisão, levou sustos, mais uma vez. Só que pesaram a qualidade individual e a paciência. No fim, diante de uma linda festa, o CRB venceu o ASA por 3x1 para sagrar-se campeão.
A
campanha, por si só, já justifica o motivo de o Galo ser o atual
campeão. Mas os números impressionam. O time teve o melhor ataque (17
gols), a segunda melhor defesa (6 gols sofridos), além de ter tido o
artilheiro da competição: Anselmo Ramon, com sete tentos.
Nos 11 confrontos disputados, foram nove triunfos, um empate e uma derrota. A caminhada rendeu, inclusive, premiação individual na Seleção do Campeonato Alagoano, escolhida por membros da imprensa, capitães e treinadores.
Ao todo, seis regatianos apareceram na escalação: o lateral-direito Hereda, o zagueiro Fábio Alemão, o volante Falcão, o meia Gegê, além dos atacantes Léo Pereira e Anselmo Ramon - que também foi eleito o craque -. Daniel Paulista também foi eleito o melhor do campeonato.