A decisão será tomada pelos 302 conselheiros que integram o órgão. Em caso de maioria simples, Augusto Melo será afastado imediatamente do cargo de presidente do Corinthians. Se o pedido for rejeitado, ele não poderá ser votado novamente.
O processo põe fim a uma crise política e jurídica que se arrasta pelos últimos meses no Corinthians. Romeu Tuma Jr. convocou uma votação para o dia 2 de janeiro, ela chegou a ser iniciada, mas o próprio Augusto Melo apareceu com uma liminar em mãos, expedida pela Justiça de São Paulo, impedindo a cerimônia.
O mecanismo caiu dez dias depois, e desde então, membros de ambos os espectros políticos lutam para reunir apoio dentro do Parque São Jorge. Eleito em 2023, o mandato de Augusto Melo tem duração até 2026.
Augusto Melo pode ser afastado do cargo de presidente do Corinthians. (Foto: Ettore Chiereguini/AGIF)
Próximos passos
Se o CD não aprovar o impeachment, o risco de Augusto Melo ser destituído por esse processo desaparece. O presidente ainda poderia ser julgado caso a oposição elaborasse novos pedidos, mas isso o garantiria por mais tempo no cargo.
Em caso de aprovação do impeachment. O CD teria cinco dias para aprovar uma data de marcação da assembleia geral de sócios do Corinthians, na qual seria o último passado para destituir Augusto Melo. Esta votação deve acontecer em até 60 dias após o pleito entre os conselheiros.
Nesse cenário, o clube seria presidido provisoriamente pelo 1º vice-presidente da gestão, atualmente Osmar Stábile. As eleições definitivas para um novo mandatário em caso de impeachment seriam resolvidas por voto indireto no órgão.
O pedido
O pedido de impeachment que será analisado foi apresentado em agosto. Segundo dados do "Gazeta Esportiva", o documento foi elaborado pelo "Movimento Reconstrução SCCP" e contou com a assinatura de 86 conselheiros.