Assembleia Geral da ONU aprova resolução para trégua humanitária no conflito entre Israel e o Hamas
Publicada em 28/10/23 às 05:22h - 12 visualizações
por Rádio Lobo Web com Estaão Estadão Conteúdo
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(Foto: Rádio Lobo Web com Reprodução)
A Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou nesta
sexta-feira, 27, resolução sobre a guerra entre Israel e o grupo Hamas
proposta pela Jordânia e com o apoio de mais 47 países. Depois de dois
dias de sessão especial de emergência, com discursos inflamados dos dois
lados, o texto recebeu 120 votos a favor, 14 contrários e 45
abstenções.
A resolução aprovada reafirma o direito
internacional humanitário e apela a uma trégua humanitária imediata,
duradoura e sustentada, e que conduza à cessação das hostilidades. O
texto menciona ainda "profunda preocupação" com a escalada de violência
no Oriente Médio e condena "todos os atos de violência contra civis
palestinos e israelenses".
Ao comentar a resolução antes da
votação, o representante permanente da Jordânia na ONU, Mahmoud Al
Hmoud, defendeu a necessidade de um "cessar-fogo imediato" e a
necessidade de se criar um caminho para soluções diplomáticas no Oriente
Médio. "Não é apenas nossa responsabilidade, mas uma profunda obrigação
moral ao defender a causa", disse.
Já a emenda sugerida pelo
Canadá e que mencionava o Hamas, contudo, não foi aprovada. O texto
recebeu 88 votos a favor, 55 contra e 23 abstenções.
Em geral,
basta a maioria simples para a aprovação na Assembleia-Geral. No
entanto, quando o tema é sobre paz e segurança, como é o caso da
resolução debatida nesta sexta, são necessários dois terços dos votos
presentes.
Mais cedo, a embaixadora dos Estados Unidos na ONU,
Linda Thomas Greenfield, criticou o texto e disse que a resolução é
"profundamente falha" ao não mencionar Hamas e os reféns. Os EUA
copatrocinaram a emenda sugerida pelo Canadá.
O Brasil votou a
favor dos dois textos apreciados na Assembleia-Geral. O embaixador
brasileiro, Sérgio Danese, reforçou o coro de cobrança para que a ONU
por meio de seus diferentes órgãos se posicione frente ao "doloroso
conflito" no Oriente Médio, que se arrasta desde o dia 7 de outubro, ao
discursar, nesta sexta-feira.
"A nossa resposta coletiva a esta
crise, que todos tememos que só se agrave se nada for feito, será um
momento divisor de águas para a ONU", disse Danese, durante sessão
especial de emergência da Assembleia-Geral da ONU. "Será um testemunho
da eficácia do multilateralismo ou do seu maior enfraquecimento",
acrescentou.
De acordo com ele, tanto a Assembleia-Geral quanto o
Conselho de Segurança devem agir de forma decisiva frente à crise no
Oriente Médio. "O mundo está nos observando. E isso não é retórica. O
mundo está realmente nos observando e espera uma resposta eficaz",
afirmou o embaixador brasileiro.
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