Iêmen: EUA atacam de novo e Houthis prometem vingança
Publicada em 13/01/24 às 13:28h - 10 visualizações
por Rádio Lobo Web com Estadão Conteúdo
Compartilhe
Link da Notícia:
(Foto: Rádio Lobo Web com Reprodução)
Os Estados Unidos realizaram uma nova rodada de ataques no Iêmen, um dia
depois de as forças lideradas pelo país terem lançado ataques navais e
aéreos contra pelo menos 28 alvos controlados pelos rebeldes Houthis. Na
manhã deste sábado, 13, horário do Iêmen, os EUA atacaram uma
instalação de radar controlada pelos Houthis como parte de um esforço
"para degradar a capacidade dos Houthis de atacar navios, incluindo
navios comerciais" no Mar Vermelho, disse o Comando Central dos EUA, que
supervisiona as operações do país no Oriente Médio.
Os rebeldes
Houthis responderam aos ataques de sexta-feira dizendo que não causaram
danos significativos e que o grupo não se intimidaria em lançar mais
ataques contra alvos norte-americanos e internacionais na região.
Os ataques e as promessas de retaliação são os mais recentes sinais de
que o conflito resultante da guerra Israel-Hamas em Gaza está se
espalhando pelo Oriente Médio, com o Mar Vermelho como um novo ponto de
conflito entre Washington e vários grupos apoiados pelo Irã.
"Todos os interesses americanos e britânicos tornaram-se alvos legítimos
das forças armadas iemenitas em resposta à agressão", afirmou em
comunicado o Conselho Político Supremo dos Houthis, que controlam a
capital do Iêmen, Sanaa, e partes do território
Um porta-voz
Houthi, Mohammed Abdul Salam, disse que mais ataques no Mar Vermelho
eram iminentes: "Isso não vai nos deter" Os ataques, principalmente às
rotas marítimas, continuarão em solidariedade com Gaza após a invasão de
Israel, acrescentou.
Os ataques, conduzidos pelas forças dos
EUA e do Reino Unido e apoiados por Austrália, Bahrein, Canadá e
Holanda, visaram sistemas de radar e de defesa aérea, bem como locais de
armazenamento e lançamento dos mísseis de cruzeiro e balísticos dos
Houthis, de acordo com o Comando Central dos EUA.
Os Houthis
disseram que as forças lideradas pelos EUA conduziram 73 ataques que
mataram cinco e feriram seis militantes, mas que os danos à sua
infraestrutura foram limitados.
Os Houthis, um movimento
político e uma milícia cuja ideologia faz parte da ramificação Zaidi do
Islã Xiita, têm travado uma disputa prolongada com o governo iemenita
internacionalmente reconhecido. Inicialmente, lançaram ataques contra
Israel após o início da sua ofensiva em Gaza. Depois de não terem
conseguido penetrar nos sistemas de defesa aérea de Israel, voltaram-se
para outros alvos, principalmente rotas marítimas internacionais,
incluindo aquelas que entravam e saíam do Canal de Suez.
Na
sexta, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse: "garantimos
que responderemos aos Houthis se eles continuarem com este comportamento
ultrajante".
Um alto funcionário militar dos EUA disse a
jornalistas que os ataques foram significativos. Alguns observadores, no
entanto, duvidaram da capacidade de degradar significativamente as
capacidades Houthi. Um cessar-fogo efetivo desde 2022 entre os Houthis e
a Arábia Saudita, que apoia o governo deposto do Iêmen, permitiu ao
grupo armazenar mísseis e munições.
A porta-voz do Ministério
das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse que Moscou
condenou os ataques, chamando-os de imprudentes e aventureiros. O
Ministério das Relações Exteriores do Iraque criticou os ataques e o
presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse que eram desproporcionais.
Fonte: Dow Jones Newswires.
ATENÇÃO:Os comentários postados abaixo representam a opinião do leitor e não necessariamente do nosso site. Toda responsabilidade das mensagens é do autor da postagem.