Um vídeo divulgado pelo portal RT News neste sábado, 23, mostra
um dos supostos terroristas presos na Rússia após o ataque a uma casa de
shows afirmando que receberia 500 mil rublos, cerca de US$ 5,4 mil ou
R$ 27 mil, pelo massacre. Mais de 130 pessoas que assistiam ao show da
banda Picnic morreram e 107 ficaram feridas durante a noite de
sexta-feira, 22.
Mais cedo no sábado, os serviços de segurança
da Rússia afirmaram que prenderam 11 suspeitos envolvidos, incluindo os
quatro terroristas que abriram fogo na casa de shows. O massacre foi
reivindicado pelo grupo afiliado do Estado Islâmico no Afeganistão,
chamado Estado Islâmico da Província de Khorasan, ou ISIS-K.
No vídeo, um homem de barba declara, segundo o RT News,
que esteve na Turquia antes do ataque de sexta-feira. Questionado sobre
o que fez no espaço de concertos de Crocus City na noite de
sexta-feira, ele respondeu: "Eu atirei... em pessoas". Ele afirma que
metade dos 500 mil rublos que haviam sido prometidos já haviam sido
pagos a ele, por meio de seu cartão de débito.
Ele afirma que
não conhecia as pessoas que o contrataram, que providenciaram um
esconderijo de armas para os atiradores, e que foi inicialmente
contatado pelo aplicativo de mensagens Telegram Segundo o suspeito, ele
estava "ouvindo sermões… de um pregador" no Telegram antes de ser
contatado pelos supostos mentores do ataque, há cerca de um mês.
Homens armados, quatro segundo as autoridades, abriram fogo e depois
incendiaram o Crocus City Hall, nos arredores de Moscou, pouco antes de
um show. O ataque à sala de concertos é o mais sangrento na Rússia em
duas décadas e o mais mortal reivindicado na Europa pelo grupo EI. Pelo
menos 133 pessoas morreram, segundo as autoridades russas.