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AstraZeneca admite efeito colateral raro na vacina da covid-19

Em documento entregue à Justiça britânica, farmacêutica diz que imunizante pode causar coágulos de sangue

Publicada em 01/05/24 às 18:53h - 19 visualizações

por Rádio Lobo Web com Correio Braziliense


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 (Foto: Rádio Lobo Web com Reprodução)

AstraZeneca admitiu, pela 1ª vez diante da Justiça, que a vacina contra a covid-19 pode causar um “efeito colateral raro”. De acordo com o jornal britânico The Telegraph, a empresa é alvo de uma ação coletiva em que 51 famílias pedem uma indenização equivalente a até aproximadamente R$ 700 milhões.

O processo foi movido por pessoas que desenvolveram trombose após serem vacinadas na Inglaterra. A farmacêutica reconheceu que a vacina "pode, em casos muito raros, causar síndrome de trombose com trombocitopenia (TTS)", condição caracterizada pela formação de coágulos que aumentam os riscos de entupimento de vasos sanguíneos.

"O mecanismo causal não é conhecido", afirmou a empresa. "Além disso, a TTS também pode ocorrer na ausência da vacina AZ (ou de qualquer vacina). A causalidade em qualquer caso individual será matéria para prova pericial", declarou, em uma carta enviada no ano passado ao advogado de um dos requerentes na Inglaterra.

A vacina anticovid da AstraZeneca foi desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford. Em comunicado enviado à publicação, a AstraZeneca disse que a maior prioridade é a segurança dos pacientes. "As autoridades reguladoras têm normas claras e rigorosas para garantir a utilização segura de todos os medicamentos, incluindo vacinas", afirmou ao jornal.

No Brasil, a vacina foi produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O Ministério da Saúde disse, em nota emitida em abril de 2023, que “que todas as vacinas ofertadas à população são seguras, eficazes e aprovadas” pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

No Brasil, a vacina foi aplicada em cerca de 153 milhões de pessoas.

O Correio entrou em contato com a farmacêutica e com o Ministério da Saúde, mas até a última atualização desta reportagem, não obteve resposta.





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