Um barco
que transportava migrantes afundou-se na costa do Iêmen, deixando pelo
menos 49 mortos e 140 desaparecidos, informou nesta terça-feira (11) a
Organização Internacional para as Migrações da ONU.
Entre os mortos estavam 31 mulheres e seis crianças, disse ainda OIM.
Apesar de uma guerra civil de quase uma década no Iêmen, o número de migrantes que chegam anualmente triplicou entre 2021 e 2023, passando de cerca de 27 mil para mais de 90 mil, informou a OIM no mês passado. Cerca de 380 mil migrantes estão atualmente no Iêmen, segundo a agência.
Todos os anos,
dezenas de milhares de migrantes da região do Chifre da África, que
tentam fugir dos conflitos, dos desastres naturais e da pobreza,
arriscam as vidas em viagens pelo Mar Vermelho para tentar chegar aos
países do Golfo.
Em abril, duas embarcações naufragaram na costa do Djibuti e dezenas de pessoas morreram.
Em 2023, a OIM registrou pelo menos 698 mortes nesta rota migratória.
Os migrantes que
conseguem chegar ao Iêmen, do outro lado do Mar Vermelho, enfrentam mais
problemas, já que este é o país mais pobre da península arábica e é
cenário de uma guerra civil há uma década.
O objetivo dos
migrantes é chegar a países ricos, como Arábia Saudita ou Emirados
Árabes Unidos, para trabalhar no setor de construção ou como empregados
domésticos.
Em agosto, a Human Rights Watch acusou os guardas de fronteira sauditas pelas mortes de "centenas" de migrantes etíopes que tentaram entrar no reino procedentes do Iêmen entre março de 2022 e junho de 2023. Riad rebateu o relatório da ONG e afirmou que as conclusões não eram baseadas em fontes confiáveis.