Agentes da polícia já estavam dentro do armazém quando o atirador se preparava para disparar de cima do telhado contra o candidato do Partido Republicano, informou a chefe do Serviço Secreto Americano, Kimberly Cheatle.
"A responsabilidade é minha. Eu sou a diretora', disse em entrevista à emissora ABC.
Um integrante do comitê que governa Butler declarou que, após ouvir relatos sobre um suspeito, um policial chegou ao telhado onde estava o atirador. E que, ao dar de cara com o policial, o atirador apontou o fuzil para ele. O agente tentou se esquivar, se desequilibrou e caiu de uma altura de quase 2,5 m. O delegado explicou que, por estar pendurado, o policial não conseguiu sacar a arma e reagir quando viu o criminoso. Segundos depois, começaram os disparos.
Nas últimas semanas, o Serviço Secreto tinha aumentado a segurança de Donald Trump. Foi depois de um alerta de que o Serviço Secreto havia identificado um potencial plano do Irã para assassinar Trump. Segundo uma porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, há anos as autoridades monitoram ameaças iranianas contra Trump.
Adrienne
Watson disse que a preocupação aumentou desde que os Estados Unidos
mataram o general iraniano Qassem Soleimani, em 2020, em uma operação
ordenada por Trump.
Mas
a porta-voz do Conselho de Segurança enfatizou que, até agora, a
polícia não identificou ligações entre o atirador e qualquer cúmplice
estrangeiro ou americano. A Casa Branca informou que também não
considera que o Irã tenha relação com o atentado no comício. A missão
iraniana nas Nações Unidas declarou que a suspeita é infundada e
maliciosa.
Uma pergunta importante segue sem resposta: o que motivou o crime? A polícia já entrevistou mais de 100 pessoas. Com base nesses relatos e na perícia do celular do atirador, conseguiu reconstituir parte das últimas 48 horas antes do ataque.
Na
sexta-feira (12), o homem foi ao clube de tiros de que era sócio. Na
manhã do ataque, foi a uma loja e comprou uma escada. Depois, comprou 50
balas em uma loja de armas. De lá, dirigiu por uma hora até o centro de
exposição onde houve o comício de Trump. Deixou dentro do carro um
explosivo improvisado que estava ligado a um transmissor sem fio.
No bairro onde ele vivia, os vizinhos ainda estão incrédulos.
"Só caí na realidade quando vi os carros da polícia aqui", conta uma moradora.