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Ultradireita alemã caminha para 1ª vitória desde a Segunda Guerra

Resultados preliminares das eleições regionais apontam liderança na Turíngia da AfD

Publicada em 02/09/24 às 09:32h - 9 visualizações

por Rádio Lobo Web com Jonathas Maresia


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 (Foto: Ultradireitista Alternativa para a Alemanha (AfD) lidera a disputa no estado. Foto: Jens Meyer/AP Photo/picture alliance)

Encerrada a votação neste domingo (1º/9) para os parlamentos estaduais nos estados alemães da Saxônia e da Turíngia, resultados preliminares apontam para um triunfo histórico da ultradireita no leste da Alemanha, algo que não se via desde a Segunda Guerra Mundial.

Com 32,8% das intenções de voto na Turíngia, a ultradireitista Alternativa para a Alemanha (AfD) lidera a disputa no estado, seguida pela conservadora União Democrata Cristã (CDU), com 23,8%, e a sigla populista de esquerda anti-imigração Aliança Sahra Wagenknecht (BSW), com 15,5%. Já o partido A Esquerda, cuja dissidência deu origem à BSW, perde o controle do único governo estadual que tinha, indo de 31% dos votos em 2019 para 12,9%.

Na Saxônia, a AfD (30,8%) por pouco não supera a CDU (31,8%). Já a BSW surge em terceiro lugar com 12%.

Nos dois estados do leste alemão, os três partidos que integram a coalizão do governo federal – sociais-democratas (SPD), verdes e liberais (FDP) – não somam juntos mais que 10,6% (Turíngia) e 12,7% (Saxônia).

Na Saxônia, liberais não devem conquistar uma cadeira sequer por não atingirem a cláusula de barreira. Esquerdistas poderão ter o mesmo destino. Na Turíngia, liberais e verdes também devem ficar de fora do parlamento estadual.

Os dados são do Infratest dimap, e baseiam-se em resultados preliminares e projeções às 20h27 do horário local (15h27 de Brasília). Os números podem mudar à medida que a apuração avançar.

Na Turíngia, o candidato a governador pela AfD é Björn Höcke (foto em destaque), cuja alcunha de “fascista” foi chancelada por um tribunal alemão e que já foi condenado por uso de slogans nazistas.

É improvável, porém, que a AfD comande o estado. Isso porque, na Alemanha, os governos estaduais também são parlamentaristas. Isso quer dizer que, para ter o posto de governador do estado, um partido precisa conquistar mais da metade dos assentos no parlamento estadual.

Mas como nem sempre um partido sozinho elege tantos deputados, muitas vezes é necessária a formação de coalizões entre as legendas. Mas a AfD, dado seu histórico e reputação, é um parceiro de coalizão até agora indesejado


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