Além disso, no dia 1º de outubro deste ano, o Irã lançou cerca de 200 mísseis contra Israel. O ataque foi uma retaliação a mortes de aliados do governo iraniano, como Hassan Nasrallah, que era chefe do grupo extremista Hezbollah. Relembre a ação mais abaixo.
Ao anunciar que estava atacando o Irã nesta sexta-feira, Israel disse que estava exercendo o direito de se defender.
"Como qualquer outro país soberano no mundo, o Estado de Israel tem o direito e o dever de responder. Nossas capacidades defensivas e ofensivas estão totalmente mobilizadas", afirmaram os militares israelenses.
"Faremos o que for necessário para defender o Estado de Israel e o povo de Israel."
A mídia estatal iraniana afirmou que as autoridades de inteligência do país estão investigando o ataque. A imprensa local disse ainda que as explosões ouvidas podem ser resultado da atuação do sistema de defesa.
Vingança prometida
Desde o início de outubro, Israel vinha prometendo um contra-ataque contra o Irã. Os Estados Unidos disseram que estavam trabalhando junto com o governo israelense para uma resposta ao ataque iraniano.
O presidente Joe Biden recomendou que Israel evitasse instalações petroleiras. Além disso, as autoridades norte-americanas desaconselharam bombardeios em ativos nucleares do Irã.
A imprensa dos Estados Unidos informou que uma resposta de Israel contra Irã aconteceria antes das eleições norte-americanas, que estão marcadas para 5 de novembro.
A Casa Branca disse que foi avisada sobre a ação israelense pouco antes de ela ser lançada.
O ataque do Irã
No dia 1º de outubro, mísseis lançados pelo Irã cruzaram os céus de cidades israelenses importantes, como Tel Aviv e Jerusalém. Boa parte do ataque foi interceptada pelos sistemas de defesa de Israel.
Uma operação do tipo contra o território israelense era aguardada desde o fim de julho, quando Ismail Haniyeh, então chefe do Hamas, foi assassinado em Teerã.
O Irã responsabilizou Israel pela morte de Haniyeh e disse que a operação representava uma violação da soberania do país.
No fim de setembro, o Irã voltou a prometer uma resposta a Israel pelas mortes de Hassan Nasrallah, chefe do grupo extremista Hezbollah, e Abbas Nilforoushan, membro da cúpula da Guarda Revolucionária do Irã. Ambos foram mortos em bombardeios israelenses em Beirute, no Líbano.
Após o ataque iraniano, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, classificou a ação iraniana como um "grande erro" e afirmou que o Irã irá "pagar" pelo ataque.
O governo de Israel informou que duas pessoas ficaram feridas sem gravidade durante o ataque iraniano e que não houve registro de prédios ou residências atingidos.
O governo do Irã garantiu que qualquer contra-ataque de Israel resultaria em uma resposta "subsequente e esmagadora", além de uma "grande destruição" para infraestruturas israelenses. Além disso, o aiatolá Ali Khamenei — autoridade máxima do Irã — foi colocado em um local protegido.
Histórico em abril
Irã atacou diretamente Israel pela primeira vez em abril deste ano. À época, o país lançou mísseis e drones contra o território israelense em resposta a um bombardeio que atingiu a embaixada do Irã em Damasco, na Síria.
Dias depois, como resposta, bombardeios atingiram uma região do Irã com instalações nucleares. Embora Israel não tenha assumido a autoria, autoridades americanas confirmaram que a ação era uma resposta israelense.