“O que levaram da minha residência, se houve computador que era da Abin ou telefone, foram trocados por novos. Não tem utilização há mais de três anos, sem uso. Mesmo sem uso não devolve. Poderia devolver, mas não devolvi”, destacou o deputado federal em entrevista à GloboNews.
Ramagem foi alvo da Operação Vigilância Aproximada, um desdobramento da Operação Primeira Milha, que investiga o suposto uso ilegal da plataforma FirstMile. Segundo a corporação, o software era utilizado para monitoramento ilegal de políticos, servidores públicos, jornalistas e advogados.
A investigação da PF aponta que o monitoramento teria ocorrido entre 2018 e 2021, período que abrange a gestão de Alexandre Ramagem como ex-diretor-geral da Abin.
O deputado federal também é delegado da Polícia Federal. Ele chegou a ser indicado para chefiar o órgão durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL), mas foi impedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O deputado federal ressaltou que o software espião não foi adquirido pelo governo Bolsonaro, e sim pelo ex-presidente Michel Temer (MDB). A plataforma foi desenvolvida pela empresa israelense Cognyte (ex-Verint).
“Foi adquirido antes da gestão Bolsonaro, essa ferramenta é legal. Foi vendida a diversas instituições no Brasil, inclusive estaduais”, frisou o ex-diretor-geral da Abin.
O FirstMile realiza o monitoramento de celulares que utilizam as redes 2G, 3G e 4G. Com a ferramenta, é possível saber a localização do aparelho.
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