O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), formalizou, nesta terça-feira (29/10), seu apoio ao líder do Republicanos, Hugo Motta (PB), como candidato à sucessão no comando da Casa. A eleição será em fevereiro de 2025.
Lira fez o anúncio na Residência Oficial da Câmara, ao lado de Motta e de outros líderes partidários. O presidente da Câmara já havia confirmado seu apoio ao líder do Republicanos em um almoço com lideranças de partidos, em 11 de setembro.
“Depois de muito conversar e sobretudo de ouvir, estou convicto de que o candidato com maiores condições políticas de construir convergências no Parlamento é o deputado Hugo Motta, nome que demonstrou capacidade de aliar polos aparentemente antagônicos, com diálogo, leveza e altivez”, disse Lira em pronunciamento.
“Estou certo de que Hugo Motta, deputado experiente, em seu quarto mandato, e que viveu e vive de perto os desafios que perpassam a nossa gestão, vai saber manter a marcha da Câmara dos Deputados, seguindo esta mesma receita que tantos bons frutos deu ao Brasil: respeito ao Plenário, cumprimento da palavra empenhada e busca incessante por convergência”, complementou.
O alagoano decidiu formalizar seu apoio pouco antes de o Republicanos oficializar a candidatura de Motta à presidência da Câmara. O evento será às 11h30 (horário de Brasília), na sede do partido, na capital federal.
Motta virou favorito na disputa depois que o presidente do Republicanos e vice-presidente da Casa, deputado Marcos Pereira (SP), desistiu de concorrer. Até então, o líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), era o favorito de Lira, mas foi preterido.
A decisão do presidente da Câmara dividiu o Centrão, que segue com três candidatos principais: Hugo Motta (Republicanos-PB), candidato de Lira; Elmar Nascimento (União Brasil-BA), preterido pelo alagoano; e Antonio Brito (PSD-BA).
Quando anunciou a líderes seu apoio a Motta, Lira provocou uma revolta em Elmar, que considerou a atitude de Lira como uma “traição”. Desde então, o presidente da Câmara passou a se defender, dizendo que “nunca” disse nem fez promessas de que o deputado baiano seria seu candidato.