O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que o Congresso Nacional revise a distribuição das cadeiras na Câmara dos Deputados e nas assembleias estaduais até 30 de junho de 2025, com base nos dados do Censo de 2022. Essa revisão poderá afetar diretamente Alagoas, que corre o risco de perder uma cadeira na Câmara e outras três na Assembleia Legislativa.

Se o Congresso não tomar providências, a responsabilidade de implementar as mudanças caberá ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Essa possibilidade preocupa representantes e lideranças locais, pois a redução de vagas diminuiria a representatividade de Alagoas no cenário federal e estadual. Atualmente, o estado conta com 9 deputados federais e 27 estaduais, números que podem cair para 8 e 24, respectivamente.

A redistribuição proposta reflete alterações demográficas identificadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que indicam a necessidade de ajuste nas cadeiras parlamentares. Outros estados também poderão ver suas bancadas reduzidas, enquanto regiões que registraram crescimento populacional poderão ganhar vagas.

No entanto, há discussões sobre uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que manteria o número atual de cadeiras nos estados afetados, como Alagoas, enquanto aumentaria as representações nas áreas com aumento populacional. Para Alagoas, a aprovação da PEC seria uma forma de evitar a perda de representatividade, mas o processo ainda depende de tramitação no Congresso, sem garantias de conclusão antes do prazo estabelecido pelo STF.