Impedido pelo ministro do STF Alexandre de Moraes de viajar aos Estados Unidos, o ex-presidente Jair Bolsonaro organizou encontro com poucos aliados para assistir, em Brasília, à posse de Donald Trump.
À coluna Bolsonaro afirmou que reservou uma sala maior na sede do PL, na capital federal, onde instalará um telão. Segundo ele, ao menos oito parlamentares que estão na cidade devem comparecer ao encontro.
Bolsonaro tentou retomar seu passaporte, apreendido por ordem de Moraes, para viajar a Washington e acompanhar ao vivo a posse de Trump. Entretanto, o ministro negou o pedido da defesa do ex-presidente.
Motivos de Moraes
Dentre os motivos citados por Moraes, está a possibilidade de “fuga” de Bolsonaro. O ministro lembrou que o ex-presidente apoia os fugitivos do 8 de Janeiro que buscaram refúgio na Argentina.
Moraes também justificou sua decisão afirmando que a viagem de Bolsonaro aos Estados Unidos não teria “interesse público” e que não houve alteração na situação jurídica do ex-presidente que revertesse a proibição de deixar o Brasil.
"Não há dúvidas de que, desde a decisão unânime da Primeira Turma, não houve qualquer alteração fática que justifique a revogação da medida cautelar, pois o cenário que fundamentou a imposição da proibição de se ausentar do país, com entrega de passaportes, continua a indicar a possibilidade de tentativa de evasão do indiciado Jair Messias Bolsonaro para se furtar à aplicação da lei penal, da mesma maneira como vem defendendo a fuga do país e asilo no exterior para os diversos condenados", disse Moraes na decisão.